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Relatório do Estado da Educação 2022 constata e reforça para o que a FNE tem vindo a alertar


28 Fevereiro 2024

Notícias FNE

Relatório do Estado da Educação 2022 constata e reforça para o que a FNE tem vindo a alertar

Foi dado a conhecer esta terça-feira pelo Conselho Nacional da Educação (CNE) o relatório do Estado da Educação 2022 que faz o retrato do sistema educativo nacional.

Em declarações aos meios de comunicação social, o Secretário-Geral da FNE, defendeu que o problema mais grave da educação está na falta de professores com esse ponto a ser "a constatação daquilo que a FNE tem vindo a alertar há muito tempo por um lado relativamente à necessidade de rejuvenescimento da profissão ao nível de docentes e pessoal de apoio educativo e por outro na dificuldade em captar jovens que queiram ser professores. Este é o ponto mais negativo assim como a falta de investimento e de valorização das carreiras dos profissionais da educação".

A FNE regista que, em 2021/2022, 1 682 diplomados concluíram cursos que conferem habilitação para a docência (+151 face ao ano anterior), número que não compensa as aposentações (2 206), situação que antecipamos, será agravada em 2023 e anos seguintes, pelo que importa encontrar urgentemente soluções que permitam que todos os alunos tenham os professores de que precisam.

Mas para Pedro Barreiros "não há só más notícias pois as taxas de permanência e de conclusão dos alunos estão a subir," mas a FNE sublinha que os resultados da avaliação interna e externa, nacional e internacional, das aprendizagens evidencia que os alunos apresentam dificuldade em realizar tarefas complexas; raciocinar e criar; lidar com conceitos abstratos; comparar e avaliar estratégias, pelo que importa perceber a relação entre a conclusão dos estudos e as aprendizagens.

Este relatório deixa ainda, segundo Pedro Barreiros, "alguns desafios importantes tais como a formação inicial de professores, pois não pode ser posta em causa a qualidade dos conhecimentos científicos e pedagógicos dos futuros professores. E também a própria formação contínua dos docentes e a ligação que existe agora com a Inteligência Artificial e tudo aquilo que ela implica, a versão humanista da escola que não se pode perder, assim como a ideia defendida da fusão do 1ºCEB com o 2º CEB que coloca em causa a o regime monodocência, a reconfiguração dos grupos disciplinares, os espaços escolares e a Lei de Bases do Sistema Educativo, pelo que importa garantir que qualquer transformação a este nível seja devidamente debatida, discutida, percebida e implementada sem prejuízo dos docentes envolvidos, uma vez que já basta de alterações em prejuízo daqueles que as têm de implementar.

A FNE acompanha o CNE na identificação da necessidade do reforço na disciplina de Português Língua Não Materna (PNLM) assim como na modernização do ensino profissional, de formação de professores e de reforço dos serviços de psicologia e orientação, a par do aperfeiçoamento e das condições de acesso ao ensino superior.


Comissão Executiva da FNE

Porto, 27 de fevereiro de 2024



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