6 Agosto 2020
Atualidade
O risco de contágio de covid-19 nas escolas e as medidas a tomar, nomeadamente em relação à realização de testes, será avaliado caso a caso pelas autoridades de saúde locais, disse hoje o subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal.
“As situações devem ser sempre avaliadas relativamente ao risco e ao tempo em que decorrem e essa avaliação do risco e as medidas a tomar, nomeadamente em relação à testagem, cabe às autoridades de saúde locais”, afirmou Rui Portugal, na conferência de imprensa de balanço da situação epidemiológica do país.
Contudo, acrescentou, “sabe-se que não é de todo absolutamente necessário e de uma forma sistematizada percorrer rastreios que sejam únicos e generalizados nas escolas”.
Segundo Rui Portugal, se a avaliação do risco de contágio for diferente, a política de testagem também será diferente.
“Para mim e para as autoridades de saúde isso é muito claro”, afirmou o subdiretor da DGS, insistindo na necessidade de alunos, professores e funcionários e pais cumprirem as regras de higiene em relação à doença.
Questionado sobre a possibilidade de Portugal enfrentar um novo período de confinamento, à semelhança do que está a acontecer noutros países, Rui Portugal observou que este tipo de medidas “são sempre pensadas em relação ao risco” existente.
“Devemos sempre pensar em termos não só nacionais como regionais ou locais. Parece-me que é muito provável que em termos de avaliação será este caminho a seguir”, sustentou.
A propósito da autorização para a realização, em setembro, da Festa do “Avante!” Rui Portugal disse que a DGS está a analisar um documento enviado pela organização e que poderá sofrer alguns ajustes.
“Há um conjunto de critérios que estão a ser avaliados e não estão colocados de parte eventuais ajustes relativamente às propostas, no sentido de perceber qual é a forma de minimização de risco”, revelou.
A organização comunista disse ter garantido o escrupuloso cumprimento das regras de distanciamento e higiene sanitários impostos pelas autoridades, devido à pandemia de covid-19, num recinto cuja lotação oficial é de 100 mil pessoas.
De acordo com Rui Portugal, “todos os eventos têm a sua particularidade pelo tempo que decorrem e pelo tipo de pessoas que os frequentam associado às características epidemiologistas que ocorrem no país”, sendo igualmente feita uma avaliação “caso a caso” por um grupo específico de peritos da DGS.
O regresso do público aos estádios de futebol foi outro dos temas abordados na conferência de imprensa, tendo o subdiretor-geral referido, mais uma vez, que a DGS avalia os eventos caso a caso e que “não há uma avaliação definitiva”.
“A avaliação é constante e o conhecimento está a ser alimentado permanentemente”, frisou.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 701 mil mortos e infetou mais de 18,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.740 pessoas das 51.848 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
Lisboa, 05 ago 2020 (Lusa)
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