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Estrutura orgânica do XXIII Governo


23 Março 2022

Outras Notícias

Estrutura orgânica do XXIII Governo

O Governo, que será o terceiro chefiado por António Costa, terá 17 ministros e 38 secretários de Estado.

O Primeiro-Ministro, António Costa, enviou ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a composição do novo Governo, na sequência das eleições legislativas.

 

O Governo é composto pelos/as seguintes Ministros/as:

  • Presidência - Mariana Vieira da Silva; 
  • Negócios Estrangeiros - João Gomes Cravinho; 
  • Defesa Nacional - Helena Carreiras; 
  • Administração Interna - José Luís Carneiro; 
  • Justiça - Catarina Sarmento e Castro; 
  • Finanças - Fernando Medina; 
  • Adjunta e Assuntos Parlamentares - Ana Catarina Mendes; 
  • Economia e Mar - António Costa Silva; 
  • Cultura - Pedro Adão e Silva; 
  • Ciência, Tecnologia e Ensino Superior - Elvira Fortunato; 
  • Educação - João Costa; 
  • Trabalho, Solidariedade e Segurança Social - Ana Mendes Godinho; 
  • Saúde - Marta Temido; 
  • Ambiente e Ação Climática - Duarte Cordeiro; 
  • Infraestruturas e Habitação - Pedro Nuno Santos; 
  • Coesão Territorial - Ana Abrunhosa; 
  • Agricultura e Alimentação - Maria do Céu Antunes.


O Presidente da República deu o seu assentimento à proposta, que será oportunamente complementada com os Secretários de Estado.

A nomeação e posse do XXIII Governo Constitucional está prevista para a próxima semana, em data a confirmar depois da publicação do mapa oficial das eleições e da primeira reunião da Assembleia da República.



 

Ao terceiro governo, João Costa assume as rédeas na Educação

João Costa foi a escolha do primeiro-ministro para assumir as rédeas do Ministério da Educação no novo Governo, depois de ter gerido essa pasta como secretário de Estado nas duas últimas legislaturas.

Professor catedrático de Linguística, João Costa, 49 anos, integrava a equipa ministerial da Educação desde 2015, quando assumiu o cargo de secretário de Estado, tendo depois passado a secretário de Estado Adjunto no XXII Governo Constitucional.

João Costa substitui Tiago Brandão Rodrigues, recordista no cargo que ocupou durante cerca de seis anos e quatro meses.

Com trabalho de investigação nas áreas da Linguística Formal, Aquisição e Desenvolvimento de Linguagem e Linguística Educacional, chegou também a estudar no Instituto de Tecnologia de Massachusetts como investigador.

Na última legislatura, João Costa foi uma das principais vozes na defesa da polémica disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, depois de dois alunos terem chumbado por não frequentarem aquelas aulas.

Agora à frente da Educação, terá em mãos a recuperação das aprendizagens, depois de dois anos em que o ensino foi impactado pela pandemia da covid-19, a revisão do regime de recrutamento e mobilidade de docentes, que começou a ser debatida com os sindicatos em junho, e o agravamento do problema da falta de professores.

A orgânica do novo Governo, que o primeiro-ministro apresentou ao Presidente da República na terça-feira, conta com 17 ministros e 38 secretários de Estado, menos 20% de governantes face ao executivo cessante.

O Ministério da Educação é um dos que encolhe, passando a integrar apenas um secretário de Estado. O cargo de secretário de Estado Adjunto e da Educação, ocupado por João Costa desde 2019, foi extinto e a secretaria de Estado da Juventude e do Desporto passa agora para a tutela do novo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares.



Elvira Fortunato, a ministra que inventou o 'papel eletrónico' e deu voz a boneco animado

A nova ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, é engenheira, professora e multipremiada e multifacetada cientista, que inventou com o marido o "papel eletrónico" e emprestou a voz a um boneco animado que a personifica.

Natural de Almada, concelho onde vive, Elvira Maria Correia Fortunato, 57 anos, é doutorada em engenharia de materiais, na especialidade de microeletrónica e optoeletrónica, pela Universidade Nova de Lisboa, de que é vice-reitora desde 2017.

Nos últimos dez anos, a investigadora recebeu mais de 18 prémios e distinções internacionais pelo seu trabalho, incluindo a Medalha Blaise Pascal da Academia Europeia de Ciências, em 2016, e o Prémio Estreito de Magalhães do Governo do Chile, em 2020.

Fruto ainda do seu percurso profissional, foi distinguida com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, em 2010, com o Prémio Pessoa, em 2020, e com a Medalha de Ouro da Ordem dos Engenheiros, em 2021.

Em 2008, Elvira Fortunado e colegas, incluindo o marido, Rodrigo Martins, demonstraram que era possível fazer o primeiro transístor de papel, iniciando um novo campo na área da eletrónica de papel.

O Conselho Europeu de Investigação atribuiu, nesse ano, à cientista uma bolsa no valor de 2,25 milhões de euros e, dez anos depois, em 2018, concedeu-lhe uma bolsa de 3,5 milhões de euros, o maior montante alguma vez dado a um investigador em Portugal.

A engenheira de materiais foi conselheira científica da Comissão Europeia durante o mandato do comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação Carlos Moedas, atual presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

Elvira Fortunato é professora catedrática no Departamento de Ciência dos Materiais da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, onde se formou, e membro do Conselho Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia Europeia de Ciências e do Conselho de Curadores da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.

Ao lado do marido, que preside à Academia Europeia de Ciências desde 2018, Elvira Fortunato dirige desde 1998 a equipa do Cenimat - Centro de Investigação de Materiais que se destacou pela descoberta do transístor de papel.

A cientista, que, na área dos materiais, coordena ainda o laboratório i3N - Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelagem e Nanofabricação, sucede no cargo a Manuel Heitor, também ele investigador e professor universitário, que assumiu funções em 2015.

É autora e coautora de mais de 900 artigos publicados em revistas científicas e de 50 livros. No livro infanto-juvenil "As cientistas" é uma das duas portuguesas retratadas.

Para lá da investigação científica, Elvira Fortunato já chegou ao cinema, dando voz à personagem Marlene Starr, uma das mais bem-sucedidas cientistas do mundo, na versão portuguesa do filme de animação "Um Susto de Família 2", em exibição.

Numa iniciativa que visa inspirar as meninas para a ciência, é também um dos "rostos" de uma das bonecas Barbie.

Figura mediática e reconhecida mundialmente, tem criticado a burocracia e o subfinanciamento da investigação científica em Portugal, onde escolheu trabalhar.



Fonte: https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/o-que-fizeram-ate-aqui-chegar-os-10-perfis-dos-novos-membros-do-governo




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