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Mais de 50 docentes do Ensino do Português no Estrangeiro aderiram


15 Novembro 2017

Outras Notícias

Mais de 50 docentes do Ensino do Português no Estrangeiro aderiram

Mais de 50 professores do Ensino do Português no Estrangeiro (EPE) na Europa aderiram durante a manhã à greve dos professores a decorrer hoje em Portugal, de acordo com o Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas (SPCL).

“Até hoje de manhã a adesão ao nível da Europa já ultrapassava os 50 professores”, disse à Lusa a secretária-geral do SPCL, Teresa Duarte Soares.

De acordo com a dirigente sindical, os países onde se verifica uma maior adesão são a Alemanha, a Suíça e ainda a Espanha.

Para Teresa Soares, o número é “muito bom” e considera que “será maior até ao fim do dia”.

“O número é muito bom porque aqui, como os professores estão muito isolados, têm sempre medo de fazer greve, porque têm medo de ter consequências negativas”, sublinhou.

Na Europa e na África do Sul, existem 312 professores do Ensino Português no Estrangeiro, segundo a secretária-geral do SPCL.

A greve nacional de hoje foi convocada pela Federação Nacional de Professores (Fenprof), a Federação Nacional da Educação (FNE) e a Frente Sindical de Docentes, constituída por oito sindicatos de professores, sendo uma das principais razões do protesto a forma como está previsto o descongelamento das carreiras que não prevê a contabilização dos anos congelados, ao contrário do que acontece com a restante Função Pública.

A progressão na carreira dos professores está interrompida há uma década e, segundo a leitura feita pelos vários sindicatos, a proposta de Orçamento de Estado para 2018 prevê que não seja contabilizado o trabalho realizado entre 31 de agosto de 2005 e 31 de dezembro de 2007 nem entre janeiro de 2011 e 31 de dezembro de 2018.

A secretária-geral da SPCL explicou que as contestações dos professores do EPE na Europa são as mesmas que as dos professores em Portugal.

“Estão a retirar a todos os professores nove anos de carreira com efeitos de progressão o que quer dizer que ninguém vai conseguir passar para o escalão seguinte. Isso afeta os professores que estão aqui porque (…) já estão há anos à espera e está congelado e vai continuar”, afirmou.

Teresa Soares apontou também como contestação o facto dos professores do EPE terem de “concorrer em segunda prioridade” para escolas em Portugal relativamente aos docentes em território nacional.

A responsável indicou que os professores do EPE protestam também a não aplicação das leis de proteção à maternidade e da lei especial em relação à doença no estrangeiro.

“Apesar de sermos função pública o Instituto Camões recusa-se a aplicar aqui as leis de proteção à maternidade, portanto, a recuperação de férias suspensas pela licença de maternidade, e também da lei especial em relação à doença”, clarificou.

Teresa Soares considera que estas “são leis universais” e que “o Instituto Camões, por razões economicistas, recusa-se” a aplicá-las.

A secretária-geral do SPCL contestou ainda o facto de, fora de Portugal, os alunos estrangeiros terem acesso a aulas de português gratuitas mas os alunos portugueses terem de as pagar.

“Paga-se a professores para lecionarem os meninos estrangeiros gratuitamente mas os alunos portugueses, que são os filhos dos nossos trabalhadores no estrangeiro, têm de pagar para ter aulas de português, o que é inaceitável”, referiu.

A responsável indicou que em França e na Alemanha, onde se verificam mais estas condições, “os meninos alemães e os meninos franceses têm aulas de português gratuitas e os alunos portugueses têm de as pagar”.

 

Lisboa, 15 nov (Lusa) – JIM (CSR) // EL


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