6ª etapa - Caminho da Geira e dos Arreeiros

6ª Etapa: Castro Laboreiro - Padrenda

A última etapa do Verão…

Castro Laboreiro recebeu-nos anunciando que o Outono está por aí a está a chegar: chuva miudinha e um friozinho já a pedir agasalho. Peregrino que se preze não tem medo da chuva, especialmente quando está perante um café quentinho e as iguarias dos aniversariantes do mês…

Bom, mas falemos do Caminho: O ponto de partida foi a Igreja de Santa Maria da Visitação (Igreja Matriz). Daí, rapidamente deixamos a urbe e encontramos a Geira, num troço inicial recentemente restaurado para servir um pequeno parque de lazer, com uma linda vista para uma ponte romana. Seguimos até à área da Lazer das Veigas, em paisagem rural, com algumas subidas e descidas. Mas o maior desafio estava a chegar… acentuadas descidas, onde, a força das águas e a passagem do tempo, desmoronaram o caminho, transformando-o num amontoado de pedregulhos, pedras e pedrinhas escorregadias de musgos e humidades. Bem nos tinha recomendado e alertado o nosso guia, Professor Manuel Araújo, para estarmos bem alerta e com muito cuidado onde púnhamos o pézinho… Ainda assim, houve alguns “deslizes”, mas nada de grave, apenas ligeiras quedas para mais tarde recordar e rir!

Este percurso “radical” só terminou na hora do almoço, quando chegamos à fronteira… já em território espanhol! Aqui, o grupo espraiou-se para o animado pic-nic, aproveitando o sol que já se mostrava no céu com nuvens. Um grupo ficou logo ali, em Espanha, na Azoreira. O outro foi para Portugal, para o coreto da aldeia de Alcobaça. Entre eles 100 metros apenas.

Recuperada a energia, com as pernas mais descansadas, lá nos fizemos ao caminho. Desta feita pela estrada e a subir, sempre a subir… cada vez mais alto! E, aos nossos olhos, uma paisagem de cortar a respiração, as nuvens no céu nítidas e fofas, o sol quente a espraiar-se sobre os montes, as serras com cores de sol e de sombra preenchendo o infinito do olhar.

O Caminho da Geira e dos Arreeiros tem sido assim, o deslumbre e o cortar da respiração em cada etapa, quase a cada passo.

Pela estrada, caminhos florestais e ruas atravessando pequenas aldeias vivas de gentes, de animais e de campos cultivados, fomo-nos aproximando do final da etapa. Cansados, desejosos de umas bebidas frescas, ei-nos chegados ao único café que encontramos desde que saímos de Castro Laboreiro, eis-nos em Padrenda!

Foi só o tempo de ganhar folgo e frescura e, em pouca distância, já entramos no autocarro para o regresso.

Mais uma etapa superada!

Mais um esforço e uma vitória!

Mais uma página neste nosso Caminho… os corpos cansados, mas as almas renascidas!

E, no fundo de cada um de nós, a questão de sempre: “Falta muito para a próxima? Não! É JÁ ALI…”

E nada disto seria possível sem o SPZN e os nossos muito queridos Professor Manuel Araújo e Manuela Felício.

Cristina Garrido

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