A FNE defendeu que as negociações para a recuperação do tempo de serviço congelado aos professores terão de estar terminadas até junho para garantir que a paz regressa às escolas no próximo ano letivo.
No final da primeira reunião com a nova equipa do Ministério da Educação, Ciência e Inovação o Secretário-Geral da FNE, Pedro Barreiros, defendeu em declarações aos meios de comunicação no local, que os professores precisam de um sinal da tutela, que tem de ser dado nos próximos dois meses, para que “o início do próximo ano comece com tranquilidade e paz”.
Pedro Barreiros referia-se às negociações que começam em maio para a contabilização dos cerca de seis anos e meio de trabalho congelado durante o período da Troika.
“Os processos negociais agora iniciados terão de estar terminados o mais tardar no final de maio, início de junho”, disse aos jornalistas no final da reunião com a tutela, recordando que o Governo tem como proposta uma recuperação anual de 20%, mas para a FNE a fórmula a aplicar “numa primeira tranche, não seja um valor inferior a 30% e que a recuperação ocorra o mais rapidamente possível, limite dos limites, dentro desta legislatura”.
Além da recuperação do tempo de serviço, a FNE lembrou que existem outros problemas nas escolas, que vão desde a indisciplina nas salas de aula até à falta de professores: "há uma matéria sobre a qual toda a sociedade tem de ser envolvida e resolvida urgentemente e que é a falta de professores. E esse problema só se combate investindo na formação inicial de professores, reforçando o investimento na área da educação e dotando as instituições de ensino superior com mais meios e recursos para formar mais professores".
Sobre os processos negociais, a FNE fez notar junto do MECI a solicitação de reuniões específicas sobre o Ensino Superior e sobre as questões do Pessoal de Apoio Educativo "que foi esquecido no programa do governo e importa que o MECI dê nota da valorização destes profissionais".
SIM // JMR
Lusa/FNE