14 Janeiro 2021
Destaques
Marçal Grilo, que foi ministro da Educação no primeiro Governo socialista de António Guterres, entre 1995 e 1999, foi hoje o orador convidado de uma videoconferência promovida pela Federação Nacional da Educação (FNE).
"Acho que há uma escola que vai evoluir e ser capaz de se impor e responder aos desafios", sustentou, alicerçando a sua "grande esperança" num "antes e depois" da pandemia.
Perante a "grande imprevisibilidade" do futuro, o presidente do Conselho Geral da Universidade de Aveiro manifestou "uma certeza": é necessário uma "escola forte" onde se "aprenda mais" e que forme alunos com "valores e comportamentos" que os "ajude a enfrentar um futuro incerto".
Para o antigo ministro da Educação, as escolas "não podem ser braços da tutela", devem poder "escolher os seus professores, técnicos, gestores e psicólogos".
"À tutela cabe apoiar as escolas como organizações", sublinhou, apontando que as escolas enquanto organizações, como defende, devem ter "lideranças fortes, um corpo docente coeso e qualificado e um plano educativo enquadrado na comunidade" em que estão inseridas.
Segundo Eduardo Marçal Grilo, uma escola só "devidamente enquadrada e consciente dos problemas da comunidade" terá "maior capacidade de influenciar o futuro" dos estudantes, que devem "ler tudo", incluindo ficção, "aprender com os erros" e ser estimulados para o "rigor, liderança, criatividade, inovação, persistência, dedicação e exigência", assim como para o "respeito pelos outros e pelas suas convicções, a solidariedade, a liberdade e a democracia".
O ex-presidente do Conselho Nacional de Educação realçou ainda "um paradoxo" que deveria ser ultrapassado, o de que os cursos de formação de professores "não atraem os melhores" apesar de a classe ser respeitada pela opinião pública.
Eduardo Marçal Grilo participou hoje na primeira videoconferência do ciclo "Que caminhos para a escola na pós-pandemia?", que a FNE promove até abril.
A pandemia da covid-19 provocou pelo menos 1.979.596 mortos resultantes de mais de 92,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.
Em Portugal, morreram 8.384 pessoas dos 517.806 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
O país registou hoje um novo máximo diário de infeções, 10.698, e mais 148 mortes. Na quarta-feira, o número de mortos diário comunicado, 156, foi o mais elevado desde o início da pandemia.
A covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
14 jan 2021 (Lusa)
Notícias Relacionadas
CNN - Comentário de Pedro Barreiros ao Programa de Governo
CNN | Em declarações à CNN Portugal, Pedro Barreiros, Se...
14 Janeiro 2021
SPZN celebra 50 anos com conferência que junta os antigos presidentes
No âmbito das comemorações dos seus 50 anos de existênci...
14 Janeiro 2021
Apoio aos Sócios - Concursos 2024
Concursos 2024: de 10 a 16 de abril No Aviso n.º 6468-A/20...
14 Janeiro 2021
A descida dos salários dos Professores
Com a discussão centrada na reposição do tempo de serviç...
14 Janeiro 2021