15 Fevereiro 2019
Notícias FNE
A greve que ontem e hoje decorreu na Administração Pública, e particularmente nas escolas, constituiu um sinal de um forte e enorme protesto contra a ausência de políticas de valorização destes trabalhadores.
A FNE saúda todos os trabalhadores da Administração Pública e afirma que este protesto tem de constituir uma oportunidade para que o Governo assuma uma nova atitude negocial com os sindicatos, respeitando-os como parceiros incontornáveis para a definição das políticas sociais.
Para a FNE, os trabalhadores da Administração Pública são a chave de uma Educação pública de qualidade.
Mais de 90% das escolas em greve total ou parcial demonstrou o elevado nível de insatisfação entre todos estes trabalhadores por verificarem que, no final de uma Legislatura em que se tinha criado a legítima expetativa de que finalmente iriam ser tomadas medidas consistentes para salários justos e carreiras atrativas, afinal tudo fica por realizar.
O que tivemos, na realidade, foi a extensão da austeridade por mais quatro anos.
O Governo ignorou as orientações da Assembleia da República para que fossem restabelecidas as carreiras especiais dos trabalhadores não docentes.
O Governo ignorou as propostas sindicais concretas que permitiriam a dignificação destes trabalhadores.
O Governo ignorou as dificuldades sistematicamente assinaladas pela insuficiência de trabalhadores não docentes nas nossas escolas.
O Governo continuou a responder com soluções precárias aos problemas permanentes das escolas. Ao drama dos precários com que se iniciou a Legislatura, soma-se agora o drama dos novos precários constituídos ao longo desta Legislatura.
O Governo não adotou uma política salarial justa nem equilibrada, permitindo o esmagamento de salários e a insatisfação de milhares de trabalhadores.
O Governo recusou a orientação da Assembleia da República para que todo o tempo de serviço congelado fosse recuperado em termos de desenvolvimento de várias carreiras, nomeadamente a carreira docente.
A FNE afirma, em nome da força desta greve, a sua firme determinação em trabalhar no sentido de se garantirem novas condições de reconhecimento e valorização dos trabalhadores da Administração Pública.
Nós não desistimos
Porto, 15 de fevereiro de 2019
A Comissão Executiva
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